segunda-feira, 2 de novembro de 2009

quanto tempo...

fiquei muito tempo sem escrever aqui. sei lá, acho que não estava preparado para tal exercício fisico-mental.
nos últimos tempos me passaram muitas coisas, mas uma das que mais me importou foram as referênicas. filmes, livros, textos, músicas, danças, apresentações... tantas opções que até me perco.

tudo é referência.

já dizia um professor nos tempos de faculdade:

"- nada se cria. tudo se copia"

que por sinal, é o lema deste blog. muito controverso, pelas referências que ando tendo.

quando num mundo atual internético a inovação do novo não se tornou necessário?

trabalho:

- o que você acha disso?
- sei lá..., parece muito com...
- e assim?
- não..., tá com cara de...
- p*** que pariu! e assado?
- aff... igualzinho o...

não é novo um site onde você só pode escrever 140 caracteres?
não é novo um site onde qualquer um pode colocar seus vídeos aon invés de tentar a tv?
não é ovo isso aí na frigideira?

numa atual circunstância, o novo é visto como genial e a referência tão acentuada para mim se torna apenas mais uma cópia.
mas cono ser novo? como fazer alguma que ninguém fez?

comece assistindo um filme que ninguém viu, uma peça que ninguém foi ou um espetáculo que ninguém te falou...

depois é só fazer igual, e aí estás uma novidade.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

a nova velha paixão

recentemente decidi tomar posse de uma velha câmera fotográfica de meu pai que estava fora de uso já faz uns anos. batepapeei com o velho sobre a tal, se ela estava boa, etc.

- olha..., faz uns quarenta anos que tenho ela e uns trinta que não a uso. mas ela tá bem guardadinha... talvez esteja inteira.

resolvi me aventurar num novo mundo que por apenas alguns dias da minha vida fiz parte durante aulas na faculdade.

- putz... tá com mofo!
- não! as vezes é só no viewfinder!
- vou mandar limpar!
- nãooooo!!! deixa primeiro eu testar! se estiver ruim a gente manda!

- por favor, eu queria um filme fotográfico.

click! click! click! click!

- e aí?
- ficaram ótimas!! não sabia que eu era praticamente um fotógrafo nato!
- risos

havia me esquecido do prazer que era fotografar. num mundo digital, é raro encontrar uma câmera que ainda precise mandar revelar as fotos. e como foi bom.
posso dizer que hoje me tornei o mais novo velho apaixonado pela fotografia no brasil.



breves obs: sou um péssimo fotografo, mas até que não mandei mal; por alguma motivo filho da pu%#*ta, o texto foi postado sublinhado. paciência...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

um pequeno passo para o homem...

nunca fiz parte de nenhum marco da história, tirando quando meu time de coração saiu da fila após 20 anos em 2002, nunca estive presente em nenhum marco de grade importância.

quando lula assumiu a presidência do brasil em 2002 um amigo foi na avenida paulista comemorar.

- mas o quê você foi fazer lá?

- fazer parte da história do país!

outro foi no show dos rolling stones na praia de copacabana em 2006. ficou a um quilômetro de distância e nem conseguia ver direito.

- mas você foi fazer o quê lá então?
- fazer parte da história do rock no brasil!

mas neste último domingo foi diferente. diferente ao ponto de a minha própria mesma pessoa voltar a escrever neste singelo blog.
no último domingo, 12 de abril de 2009, o programa em que trabalho alcançou a sua maior média de audiência desde sua estréia em 2003.

11 pontos de média com 16,2 pontos de pico!

parecia gol do brasil numa final de copa do mundo. as pessoas vibravam, se abraçavam e registravam em suas câmeras de celular a ocasião.

você caro tvsemtevêior pode achar pouco, mas na verdade é muito se formos comparar com a audiência do resto da programação e se contar que ficamos apenas 5 pontos atrás da rede globo de televisão.

queria parabenizar todos que direta ou indiretamente contribuiram para isso.

isso é apenas um pequeno passo para um editor, mas um gigante passo para a televisão.





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

quando bom não é o bastante

sou uma pessoa perfeccionista. é uma fato. odeio quando outros, ou quem deveria, não gostam do que fiz. para mim, tudo tem que sair absolutamente perfeito.

essa semana o programa em que trabalho fez uma média de oito pontos de ibope com pico de doze. comparado aos grandes tubarões televisivos não é nada de mais, mas é uma excelente marca quando a casa tem média mensal de dois pontos.

todos felizes, até uma reunião pós exibição na pizzaria.

"- não tá bom! tem que ser melhor, tem que dar mais!"

mais? quanto mais? peralá, essa semana foi dura. não deu pra fazer tudo o que era previsto e como era previsto. teve alguns contratempos, mesmo assim...

"- tem que dar mais!"

pausa de reflexão.

não é pelo fato de ter feito um ótimo programa que deve parar. tem que sempre melhorar. aprender, inovar. essa foi a mensagem que tentou ser distribuída.

quando se trabalha no meio audiovisual não se pode estagnar, ficar na mesmice ou simplesmente ser lembrado por um sucesso passado. quantos e quantas pessoas/artistas não desapareceram da face da televisão nos últimos anos? quantos programas não acabaram? isso porque eles não cresceram, não inovaram num mundo onde não tem perdão.

no sbt quem não aparece não cresce e logo é deixado de lado. não vejo problemas nisso. a televisão vive de audiência que traz merchandising, patrocinadores e consequentemente, dinheiro, que é usado para investir no programa buscando mais audiência e mais patrocínios, etc. não deu audiência, não deu dinheiro. é simples.

para se manter no ramo, é necessário que sempre criemos coisas novas. inovar.

e isso não se aplica só em comunicação. um time de futebol para ganhar um campeonato precisar treinar, se esforçar e inovar, com táticas novas e marcação diferenciada.

não quero dizer para esquecermos do passado e construir algo absolutamente novo, pois isso é uma coisa difícil atualmente. precisamos aprender com o passado e junto com aquilo que já foi, acrescentar um tempero, dar umas batidinhas e sim! está feita uma nova receita de sucesso.

é como se diz no subtítulo deste humilde blog,

nada se cria, tudo se copia.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

o corte certeiro

acabei de ler o livro "num piscar de olhos: a edição de filmes sob a ótica de um mestre" de walter murch. leitura obrigatória para qualquer um que queira se aventurar no mundo da edição de filmes, televisão ou comerciais. é certo que já deveria tê-lo lido, mas apenas o pude agora. daniel rezende, montador brasileiro que concorreu ao oscar de melhor montagem com cidade de deus, disse que apenas um ano após ler o livro trabalhou no filme de fernando meirelles.

no mesmo, walter murch, tido como um dos maiores montadores do cinema, discute e apresenta sua forma de trabalhar na montagem de um filme. um dos capítulos era sobre o momento certo de fazer o corte. capítulo lido, refleti sobre todo o meu trabalho e se algum dia fiz o corte certeiro. cheguei a conlusão de que já cortei errado milhares de inúmeras vezes e outros igualmente o fazem.

de acordo com murch, há seis momentos para se saber quando o corte é bem feito e devem ser respeitados na seguinte ordem.

1- emoção (51%)
2- enredo (23%)
3- ritmo (10%)
4- alvo de imagem (7%)
5- plano bidmensional da tela (5%)
6- espaço tridimensional da ação (4%)

exemplo daqui, explicações dali, eis a questão:

"mas essa regra se aplica na televisão e em outros meios de comunicação?"

no meu recente período de profissão pude perceber que cada situação, lugar e condição requer um momento diferente de ponto de corte.

no telejornlaismo, por exemplo, a informação está acima de qualquer situação ou complexidade, até mesmo da emoção. claro que se um personagem chora durante uma sonora esse contexto se inverte, mas na maioria das vezes a informação é o objetivo pricipal. mesmo quando há algum empecilho como perda de foco da imagem, câmera trêmula ou falta de balanceamento de cor.

a regra se aplica também a programas de entretenimento, seja humor, fofoca, policial, policial sensacionalista, fofoca sensacionalista ou sensacionalismo apenas.

no caso das novelas é mais comum seguir a linguagem cinematográfica, respeitando a regra de seis, mas não é raro assistir um capítulo com cortes perdidos na ilha de edição.

na internet esse conceito ainda não se aplica pelo simples fato da maioria dos vídeos postados no youtube serem de câmeras de celular ou edições caseiras. não há profissionalismo. em sua maioria os vídeos não tem um certo ou errado, o que vale é a intenção do internauta postador.

mas com certeza é possível por em prática a regra de seis de walter murch nos meios de comunicação. basta saber se os meios de comunicação querem incorporar essa regra. assim sendo, vou seguindo com o meu trabalho, cada um no seu quadrado, digo, no seu lugar e com a sua prioridade.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

this is my job

movimento são paulo

reportagem: olívia freitas
edição: thais drummond
finalização e sonorização: bruno de moura

domingo, 18 de janeiro de 2009

a velha nova safra

percebido tenho que de um tempo pra cá surgem cada vez mais novos bons atores. mas o que me causa mais estranhamento é nem sempre eles serem novos.

na série house, m.d. por exemplo. hugh laurie faz uma sensacional interpretação do doutor gregory house, um detetive médico de mau humor negro e sarcástico. talvez essa última que me facina mais. apesar da explosão sucesso chegar graças a série, hugh laurie já fazia parte de nossas vidas cinematográficas. basta assistir stuart little e reconhecer o papai do mínimo rato. ou até em o homem da máscara de ferro e olhar para um dos conselheiros do rei.



um ator que há tempos vem me supreendendo é william bradley pitt, mais conhecido como o brad. clube da luta, snatch - porcos e diamantes, onze homens e um segredo e recentemente o curioso caso de benjamin button, o marido galã de angelina jolie tem feito ótimos papéis na telona e acredito que logo ganhará o oscar.

na mesma onda vem johnny depp, jim carrey, will smith, tom cruise, leonardo di caprio... estão deixando de lado as características beleziais e encarando uma vida interpretada cinematográficamente mais... é... mais... hum... mais!

todos são atores consagrados, podres de rico e que tem no currículo diversos longas. mas todos também estão buscando o novo, o estranho, o incorreto, o magnífico auge que poucos conquistaram. é como se fossem novatos em busca da interpretação perfeita para serem um marco na história como marlon brando.

heath ledger hoje seria quem estaria mais próximo desse marco com "ennis del mar" de "o segredo de brokeback mountain" e o "coringa" em "o cavaleiro das trevas". ledger conseguiu interpretações magníficas, ultrapassando todos os limites já conhecidos por atores. ele estava quase lá.

no brasil não é diferente. grandes atores ressurgem como novatos. alguns até faz um certo tempo. é o caso de wagner moura, lázaro ramos, selton mello, rodrigo santoro... querem chegar onde paulo autran chegou e está. basta ver um dos últimos trabalhos de cada.


e acredite caro tvsemtevêior, logo chegarão.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

this is my job

retrospectiva redetv! 2008

edição e finalização de imagens: bruno de moura

rever novamente o que já foi visto

hoje meu querido irmão me disse que não é legal comentar sobre emissoras de televisão já que trabalho numa.

pois bem, hoje escreverei sobre cinema. o fantástico mundo cinematográfico que mais me encanta a cada dia.

no meu breve período de recesso festivo de fim de ano pude assistir produções que já havia visto. gosto muito deste ato. vocês não sei , queridos tvsemtevêiores, mas rever um filme me dá uma nova visão sobre o mesmo. posso perceber delicados detalhes ofuscados pelo diálogo ou qualquer outra.

chega de saudades (dir: Laís Bodanzky), que se passa na noite de um baile da terceira idade foi, um desses filmes. apreciei melhor a apresentação dos personganes e da única locação. conheci e entendi melhor a história e a necessidade de cada elemento como o dj, o garçom, o malandro, a novata... saboreei cada enquadramento. certamente transformou o filme aos meus olhos.




o costume de rever novamente o que já foi visto é uma prática um tanto quanto... é a mesma sensação de ler de novo um livro. pra quem gosta e o faz, se deleita nos parágrafos e descobre nas entrelinhas inusitadas palavras que antes formavam apenas um rabisco.

no caso do cinema, é possível enxergar planos, contra-planos, trucagens e novas interpretações por entre os cortes. é como se surgisse um novo filme.

esse processo é comum na música, teatro, literatura, cinema, televisão, intenet, dança, enfim... qualquer tipo, raça, credo e cor de arte.

portanto, aqui vai um simples conselho:

reveja novemente o que já viu antes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

a felicidade clandestina - 2007

a felicidade clandestina


direção: bruno de moura

roteiro: anderson domingos

*infelizmente os créditos do vídeo não estão completos.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

como será o amanhã?

após um ano do início de desastres nas transmissões digitais no brasil e a virada de ano para 2009 me pergunto:

- o que será da televisão? o que a bola de lcd cristalina lhe reserva? que canal virá no próximo click do remoto controle?

com evidência esperamos que mudanças ocorram no mundo televisivo. a começar pela prórpia programação que a cada dia inutiliza os poucos neurônios da população.



sim, o povo brasileiro é burro!

só sendo um animal equus asinus para ibopear a baixa qualidade que a nossa televisão sofre no século 21. não é a *tôa que a cada dia vejo mais e mais pessoas procurando novas formas de se entreter, seja com canais pagos de tv, com internet ou até recorendo ao velho rádio.

*ou seria a tOa de acordo com a nova regra portuguesística???

e de fato há novas mídias de entretenimento e a internet é a maior delas. sempre se modernizando, criando ou reformulando, muitos afirmam que o futuro televisivo e até cinematográfico será o mundo virtual. algumas emissoras até apostam nisso! é só assistir 3 minutos a mtv enquanto prepara um miojo que você perceberá!

confesso que eu, seu blogxeador peso pena, também me rendi a maravilha das terras www's. fiz até este blog que vos lê.

a cada dia surgem mais blog's. a cada dia mais vídeos são carregados. a cada dia mais sites são hospedados.a cada dia mais pesquisas no google são feitas. a cada dia mais fotos são postadas. a cada dia mais e mais informações são depositadas num mundo que nem leis existem. aliás, esse é um fator que ainda me faz acreditar que a televisão ainda é insubstituível.

a falta de legislação e regras na internet permite que qualquer informação possa ser compartilhada. basta ligar a TV (sim, isso foi irônico...) e ler nos noticiários ao vivo e a cores quantos casos policiais dignos de jack bauer envolvendo a internet são transmitidos. talvez os mais famoso seja cicarelli com o namorado não resisitindo a um mergulho geladinho na praia. e ainda, todas as garotas que fugiram de casa para encontrar colegas virtuais. todos os casos de pedofilia. não vou alongar muito.


então, portanto, assim sendo, o futuro da televisão não é tão difícil de não se entender. que as transmissões em high definiton realmente cheguem em high definition para os consumidores televisionários e que nós façamos dela melhor, selecionando os nossos interesses. é como já dizia o velho ditado chinês originário do extremo sul do norte da ásia central:


- o que um não quer, dois não fazem.


se não queremos uma televisão ruim, cheia de lucianas gimenez, marcelos rezendes, sônias abrãos, nelson rubens, edirs macedos, ratinhos, anas marias bragas, basta ter um único movimento e...


click!